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sexta-feira, 9 de maio de 2025

História da Ajudaris: «A brigada dos Valores»

Os alunos do 1.º ciclo da Escola Básica Prof. Joaquim Moreira criaram a história «A brigada dos Valores» no âmbito das Histórias da Ajudaris:

Um dia, na Aldeia do Amor, apareceu na escola um menino novo chamado Carlos vindo de África e que trazia nos olhos azuis a paz do mar. Nos seus sete anos de idade cabiam muita alegria, generosidade e timidez.

Numa bela tarde, um raio vindo de uma nuvem cinzenta e escura partiu ao meio o coração que existia na praça da aldeia.  Ao ouvir o estrondo provocado por um raio, todos os meninos que estavam na escola estremeceram, sentiram-se a fraquejar e um vazio eterno encheu o coração de todos. Menos o do Carlos. 

Num piscar de olhos, o menino novo foi voando na sua bicicleta em direção ao bunker onde vivia a Brigada dos Valores. Encontrou-os totalmente adormecidos no chão e, logo de seguida, teve uma ideia. Da mochila tirou um velho livro que tinha pertencido à sua bisavó e atravessado gerações, escolheu uma história que falava de amor e pôs-se a contá-la aos super-heróis da Brigada. 

Ao ouvir a voz doce do menino, os super-heróis foram despertando lentamente. No fundo dos olhos do Carlos viram cisnes que representavam a coragem de ficar juntos para sempre. 

Então, o Super-herói da Bondade, que tinha sido o primeiro a acordar com a história do menino e que tinha o super poder de escrever nos céus, pegou na sua caneta mágica e desenhou em cima de uma nuvem a palavra «Ajudaris». 

Os outros super-heróis, o da Liberdade, da Entreajuda, do Amor e da Família uniram-se, como sempre, e cada um fez a sua missão exercendo os seus poderes. O  Amor com uma  seta tocou no coração de todos despertando de novo os Valores que tinham sido apagados. A Liberdade explicou a toda a gente que deviam abraçar-se. A Família leu o pensamento das gentes e transformou-os em coisas magníficas e especiais. A Entreajuda, que era uma super-heroína rápida e resistente, entoou com toda a garra a palavra que estava escrita no céu soprando-a nos ouvidos dos humanos. 

Ao ouvirem a tal palavra Ajudaris, as crianças e os adultos da Aldeia do Amor começaram a voltar ao normal cheias de Sentimentos e Valores e deram um forte abraço. Nesse momento, no peito de cada uma delas um batimento forte aconteceu. Tinham vencido o apagão dos Valores!

quinta-feira, 8 de maio de 2025

Histórias da Ajudaris: «Valores em perigo!»

 Eis a história da Ajudaris «Valores em perigo!», criada pelos alunos do 1.º Ciclo da EBI de Alcoutim:

Era uma vez um menino de onze anos que vivia num castelo vaidoso numa floresta à beira de um pântano assombrado. 

Um dia, o menino sonhou com uma bruxa que lhe disse:

- Vou roubar todos os valores do coração das pessoas! – gritou ela com uma voz terrífica que fez nascer o medo no peito do menino.

Acordou desesperado, saltou da cama e pensou:

- Vou ver se é verdade… Tenho de salvar a vida dos valores!

E, logo de seguida, correu em direção ao pântano. De repente, sentiu um formigueiro nos braços, as pernas começaram a flutuar e o menino sobrevoou as águas horripilantes do pântano.  

Naquele momento, começou a descer e pousou mesmo à frente da entrada de uma gruta onde vivia, diziam, uma bruxa. Pôs-se à escuta, ouviu borbulhar e um cheiro a ovos podres nauseabundos que saía de lá de dentro.

Cautelosamente, esgueirou-se para um buraco na rocha e viu uma bruxa pequenina que lia uma enorme receita com o título «Como roubar os Valores».

Pegou numa pedra, jogou-a para detrás da bruxa tentando distraí-la. A bruxa levantou a cabeça, olhou para trás para verificar se os Valores que ela prendera continuavam nas masmorras. 

O menino confirmou, então, o que tinha sonhado. Viu que um girassol, simbolizando a Felicidade, que estava murcho de tristeza. A Liberdade, que era um cravo, estava chorar no ombro de um gato que era o Amor. A Justiça, que nunca se esquece de nada e tinha a forma de um elefante, estava de trombas. Um rato, que era a Coragem, com a ponta do focinho tentava empurrar a chave da fechadura da masmorra e conseguiu abrir as grades.

Com a porta da masmorra entreaberta, a Justiça bateu nas pernas da Bruxa que estava a fazer a poção para adormecer os Valores e com a sua enorme tromba fê-la cair no caldeirão. 

Sem dar por isso, a bruxa que andava sempre tapada para que não lhe vissem a idade, ficou de cara à mostra e o menino perguntou-lhe:

- Como te chamas?

- Rasputina…- e ao dizer o seu nome a bruxa começou a engolir a poção mágica que, por não estar completa, absorveu toda a sua maldade e transformou-a numa Fénix de asas longas. 

O menino sentiu que era a sua oportunidade e disse aos Valores:

- Deem as mãos!” Vamos voar todos juntos!

E num cordão humano, forte e indestrutível, saíram da gruta voando de regresso ao castelo vaidoso.  

Histórias da Ajudaris

A Associação Ajudaris desafia anualmente crianças de todo o país a escreverem histórias para ajudarem outras crianças. Trata-se do projeto “Histórias da Ajudaris” uma iniciativa pioneira e inovadora de empreendedorismo social que estimula a imaginação e desenvolve o gosto pela escrita e pela leitura das crianças. 

No presente ano, o tema proposto foi «Valores» e as turmas do 1.º ciclo do Agrupamento de Alcoutim criaram histórias coletivas destinadas a integrar o livro que anualmente a Associação Ajudaris publica com narrativas de alunos de todo o país. 

Publicamos nos posts seguintes os originais criados pelos alunos da Escola Básica Integrada de Alcoutim «Valores em perigo!» e «A brigada dos Valores» da Escola Básica Professor Joaquim Moreira.

Estão de parabéns os nossos alunos e professores que acreditaram no poder da imaginação!