Eis a história da Ajudaris «Valores em perigo!», criada pelos alunos do 1.º Ciclo da EBI de Alcoutim:
Era uma vez um menino de onze anos que vivia num castelo vaidoso numa floresta à beira de um pântano assombrado.
Um dia, o menino sonhou com uma bruxa que lhe disse:
- Vou roubar todos os valores do coração das pessoas! – gritou ela com uma voz terrífica que fez nascer o medo no peito do menino.
Acordou desesperado, saltou da cama e pensou:
- Vou ver se é verdade… Tenho de salvar a vida dos valores!
E, logo de seguida, correu em direção ao pântano. De repente, sentiu um formigueiro nos braços, as pernas começaram a flutuar e o menino sobrevoou as águas horripilantes do pântano.
Naquele momento, começou a descer e pousou mesmo à frente da entrada de uma gruta onde vivia, diziam, uma bruxa. Pôs-se à escuta, ouviu borbulhar e um cheiro a ovos podres nauseabundos que saía de lá de dentro.
Cautelosamente, esgueirou-se para um buraco na rocha e viu uma bruxa pequenina que lia uma enorme receita com o título «Como roubar os Valores».
Pegou numa pedra, jogou-a para detrás da bruxa tentando distraí-la. A bruxa levantou a cabeça, olhou para trás para verificar se os Valores que ela prendera continuavam nas masmorras.
O menino confirmou, então, o que tinha sonhado. Viu que um girassol, simbolizando a Felicidade, que estava murcho de tristeza. A Liberdade, que era um cravo, estava chorar no ombro de um gato que era o Amor. A Justiça, que nunca se esquece de nada e tinha a forma de um elefante, estava de trombas. Um rato, que era a Coragem, com a ponta do focinho tentava empurrar a chave da fechadura da masmorra e conseguiu abrir as grades.
Com a porta da masmorra entreaberta, a Justiça bateu nas pernas da Bruxa que estava a fazer a poção para adormecer os Valores e com a sua enorme tromba fê-la cair no caldeirão.
Sem dar por isso, a bruxa que andava sempre tapada para que não lhe vissem a idade, ficou de cara à mostra e o menino perguntou-lhe:
- Como te chamas?
- Rasputina…- e ao dizer o seu nome a bruxa começou a engolir a poção mágica que, por não estar completa, absorveu toda a sua maldade e transformou-a numa Fénix de asas longas.
O menino sentiu que era a sua oportunidade e disse aos Valores:
- Deem as mãos!” Vamos voar todos juntos!
E num cordão humano, forte e indestrutível, saíram da gruta voando de regresso ao castelo vaidoso.
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