terça-feira, 26 de maio de 2020

A recriação do mito de Aracne

O meu nome é Aracne, fui transformada por Atena numa aranha e não sei muito bem o que fazer com a minha nova vida. Após ela me transformar, conheci outra aranha que me tentou explicar, mais ou menos, o que eu devia fazer.
Essa aranha explicou-me que eu devia tecer teias e tentar apanhar insetos, para me alimentar, mas eu não gostei muito da ideia. Pensei durante uns minutos naquilo que ela me disse e tomei uma decisão final. Essa decisão consistiu em não ir caçar insetos, não ir matar nada nem ninguém. Então, depois desta decisão tomada, lembrei-me de que tinha um pai, mesmo tendo sido transformada numa aranha, o meu pai continuava a ser um humano.
Na esperança de ajuda, fui na direção da minha antiga casa. No meio do caminho vi vários humanos e, muitos dos que vi, tentaram matar-me. De início não percebi o porquê de tanta agressividade, mas depois lembrei-me que as aranhas não eram muito bem vistas por inúmeros humanos. Horrorizada com tudo aquilo, fui o mais depressa possível para casa.
Após aquelas, quase bem sucedidas, tentativas de homicídio, cheguei à minha antiga casa, mas estava vazia. Naquele instante, pensei se o meu pai teria tirado a própria vida por causa de eu me ter transformado numa aranha, mas depois subi à janela e vi-o a vir na direção da casa e foi um alívio enorme.
Enquanto ele vinha, estive a pensar numa maneira de me comunicar com ele e, de imediato, comecei a tecer uma teia gigantesta e tão rapidamente com tudo o que lhe tinha para dizer.
Segundos após eu ter acabado a teia, ele entrou em casa. O meu pai trazia vários alimentos com ele e, quando viu a teia, tudo foi parar ao chão.
Ele leu o que estava escrito e emocionou-se. Começou a procurar-me e, quando finalmente me achou, ele disse-me que traria comida todos os dias e que eu poderia ficar a viver com ele para sempre.
E com esta transformação em aranha, apercebi-me que podemos ser qualquer coisa no cosmos, mas os nossos pais sempre nos amarão.
Texto elaborado por Edgar Rodrigues
#aLeR+ #umaescoladeleituras

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