terça-feira, 30 de junho de 2020

Final do Ano letivo

A professora Ana André e os seus alunos do 1.º e 2.º ciclos prepararam um vídeo para assinalar o final do ano letivo. Esperamos que gostem.


#aLeR+ #umaescoladeleituras

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Entrevista



Museu do Ferreiro
Entrevista a Susete Romba, uma mulher com a iniciativa de abrir um núcleo museológico
Professora de português e explicadora foram alguns dos trabalhos ao longo da vida de Susete Romba. Residente no Pereiro e atualmente reformada, há uns anos atrás lutou pela criação do núcleo museológico do Museu do Ferreiro, situado na sua aldeia natal.


Tiago Mestre (entrevistador) - Boa tarde, sr.ª Suzete.
Susete Romba (entrevistada) - Boa tarde.
TM - Nós gostaríamos de lhe fazer uma pequena entrevista. É possível?
SR - Sim, é possível.
TM - Vamos então começar com as perguntas. Quanto tempo demorou o museu a ser construído?
SR - O museu demorou muito tempo, desde esta ideia ser concebida até ao início da construção, porque teve de se apresentar um projeto, no legado de Tavira, ou seja, no gabinete de apoio técnico de Tavira. Foi este gabinete que fez o projeto. Isto demorou mais ou menos oito anos até ao início da construção. Portanto, a construção propriamente dita demorou talvez um ano, talvez não tenha chegado a um ano, penso eu.
TM - Há quantos anos o museu foi inaugurado?
SR - O museu foi inaugurado a 8 de maio de 2011 que dá mais ou menos oito anos.
TM - Qual foi o incentivo de abrir o museu?
SR - Em primeiro lugar, eu queria dizer duas coisas. No lugar onde fica este núcleo museológico funcionou sempre a oficina do ferreiro, que foi o meu pai, que foi o último ferreiro. O meu pai trabalhou ali durante muitos anos, tenho muitas recordações desse tempo. Depois, aqui há uns anos atrás, ocorreu no Pereiro um curso de formação profissional com o nome de Artes do ferro. A partir desse curso, eu sugeri a ideia de se construir onde era antiga casa do ferreiro, que estava já em ruínas, um núcleo museológico sobre essa temática, que se construísse ali uma obra para mostrar às pessoas o que foi esta atividade, a atividade do ferreiro. Seria, portanto, um núcleo museológico. Eu e a doutora Vitória Casinello, ela que tinha dado aulas de história e eu de português a esse curso de formação profissional, fomos à Câmara Municipal de Alcoutim, marcámos uma reunião com o Presidente da Câmara e realmente essa ideia foi concretizada e foi construída ali a casa do ferreiro.
TM - Onde foram encontradas as peças do museu?
SR - As peças do museu já eu tinha quase tudo na minha posse, porque um tio meu, um tio materno, tinha uma pequena oficina. Ele também trabalhou aqui nesta oficina do Pereiro. Ele era irmão da minha mãe e ele tinha também uma pequena oficina na freguesia de Martim Longo, nos Castelhanos, e sempre me disse que iria deixar os objetos da oficina para mim, porque ele sabia que eu gostaria de abrir ainda um pequeno museu no Pereiro e ele disse-me: “Olha, se abrires um museu e eu cá já não esteja, tudo o que eu lá tenho na oficina é para o museu”. Portanto, eu guardei tudo para depois  pôr no museu e a maior parte dessas peças que ali estão eram do meu tio Manuel João.
TM - Quantos objetos tem a coleção do museu?
SR - Agora de momento não tenho a certeza, mas a maior parte das coisas que ali estão são as peças que o ferreiro utilizava no seu trabalho, desde o fole, o banco onde o ferreiro picava as foices, até aos tornos, as bancadas. Há ali uma bancada onde estão  peças que o ferreiro usava para o seu governo.
TM - Qual é a peça mais antiga do museu?
SR - A peça mais antiga que ali está creio que é a bigorna, porque aquela bigorna já pertenceu ao meu avô  paterno, que também era ferreiro, num monte do Baixo Alentejo no concelho de Mértola, onde o meu pai aprendeu o ofício com o pai dele e onde trabalhou ainda um tempo. Essa peça, que veio ali para o museu, deve ter mais de cem anos. A outra, que ali está e que também é antiga, é o fole que era aquilo que alimentava a forja que estava sempre acesa, que está logo à entrada, à direita. É uma peça muito antiga que foi restaurada assim como todos as outras peças que estão ali no museu. Portanto, a maioria que ali está eram desse meu tio Manuel João. A maioria daquelas que ali estão, foram restauradas numa empresa em Lisboa.
TM - Qual é a peça mais valiosa do museu?
SR - A peça mais valiosa do museu eu diria que são estas duas a bigorna pela sua antiguidade e o fole. Mas já agora, a propósito do que estamos aqui a dizer, eu, quanto à construção do museu, fiquei muito desiludida, porque, quando vi a obra já no fim, eu não vi a forja montada no museu. A forja era o elemento principal da oficina, porque a forja incluía o fole que tinha de estar lá colocado para o ajudante do ferreiro poder puxar uma corda que abria e fechava o fole que ia soprar a vala. Por um tempo fiquei com uma grande pena do elemento principal da oficina não ficar lá. A oficina não foi contemplada com esse elemento.
TM - Qual é a peça que mais gosta no museu?
SR - A peça de que mais gosto, das que lá estão é o fole. Gosto muito do fole.
TM - Museu tem muitos visitantes?
SR - Não tem tantos como nós gostaríamos, mas de vez em quando aparecem aí visitantes, ainda vamos tendo visitantes, estrangeiros, portugueses também do norte do país. Mas gostaríamos que viessem mais visitantes ainda, pelo menos alunos das escolas, porque em princípio se a forja tivesse sido construída, simulava-se ali o trabalho do ferreiro com a forja a trabalhar para os miúdos das escolas, para que os alunos pudessem ver como é que era o trabalho do ferreiro.
TM - A maioria dos visitantes tem opinião favorável sobre o museu?
SR - Têm, Têm sim, senhora. Sim!
TM - Obrigado pela sua disponibilidade, por ter cedido o nosso pedido!
SR - Olha, tive muito gosto em receber-vos aqui, quando precisarem de alguma coisa que eu possa e saiba responder ou qualquer outra coisa que precisarem, eu estarei disponível. Gostei muito!
TM - Obrigado! Uma boa tarde.
SR - Obrigado eu também, boa tarde.
Com esta entrevista a Susete Romba, ficámos a conhecer a história do museu, qual foi o incentivo para o abrir, donde vieram as peças expostas e quais  as mais valiosas.


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quarta-feira, 10 de junho de 2020

10 de junho - Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

O dia 10 de junho é o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. 
O caráter festivo desta data foi pela primeira vez assinalado em Portugal há 140 anos, em 1880, data do terceiro centenário da morte do poeta Luís Vaz de Camões, autor d' Os Lusíadas. 
Durante o Estado Novo, o 10 de junho era designado «Dia de Camões, de Portugal e da Raça». A partir de 1978, este dia passou a ser referido como «Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas», fazendo-se assim alusão às comunidades portuguesas dispersas por todo o mundo, resultantes tanto da expansão portuguesa pelo mundo ao longo de séculos em que o país teve um império colonial com possessões em vários continentes como  pela ação migratória de muitos portugueses que fugiram à miséria no seu país e procuraram noutras paragens uma melhor vida.

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Poema de Camões

ENDECHAS A ŨA CATIVA 
COM QUEM ANDAVA D’AMORES NA ÍNDIA 
CHAMADA BÁRBORA

Aquela cativa,
que me tem cativo,
porque nela vivo
já não quer que viva.
Eu nunca vi rosa
em suaves molhos,
que para meus olhos
fosse mais formosa.

Nem no campo flores,
nem no céu estrelas,
me parecem belas
como os meus amores.
Rosto singular,
olhos sossegados,
pretos e cansados,
mas não de matar.

Ũa graça viva,
que neles mora,
para ser senhora
de quem é cativa.
Pretos os cabelos,
onde o povo vão
perde opinião
que os louros são belos.

Pretidão de Amor,
tão doce a figura,
que a neve lhe jura
que trocara a cor.
Leda mansidão
que o siso acompanha;
bem parece estranha,
mas bárbora não.

Presença serena
que a tormenta amansa;
nela enfim descansa
toda a minha pena.
Esta é a cativa
que me tem cativo,
e, pois nela vivo,
é força que viva.

Luís de Camões

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Retratos de Camões

Como grande figura da cultura portuguesa, Luís Vaz de Camões foi objeto de atenção por parte de outros artistas. Muitos escritores escreveram obras recuperando os temas tratados pelo autor d'Os Lusíadas nas suas obras, assim como baseando-se na sua vida atribulada. Também os pintores não esqueceram a importância desta figura ímpar e muitos são as obras pictóricas que retratam Camões.
Apresentamos quatro retratos do poeta criados em períodos artísticos diversos.

Fernão Gomes

Columbano

Almada Negreiros

Júlio Pomar

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terça-feira, 9 de junho de 2020

Oferta do Clube de Meditação

O Clube de Meditação, dinamizado pela professora Ana André, celebrou o Dia da Criança com a meditação «Nuvem e o Sol», do qual realizaram o vídeo que apresentamos. Nele participam as alunas Dina Palma, Iara Silva, Raquel Gato e Rita Martins.

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sexta-feira, 5 de junho de 2020

Entrevista


Glorioso futsal português

Luís Conceição, treinador da seleção portuguesa feminina de futsal

Nesta entrevista  vamos conhecer melhor o treinador da seleção portuguesa feminina de futsal, Luís Conceição, de 43 anos, residente em Martin Longo.


Entrevistadora Ema Conceição (EC) – Qual a sua maior motivação?

Luís Conceição (LC) – Ao nível de desporto, a minha maior motivação é querer sempre fazer mais e melhor todos os dias. Alcançar resultados cada vez mais positivos e levar as nossas seleções ao topo do futsal europeu e mundial.

EC – Quantos prémios já ganhou?

LC – Já ganhei vários prémios individuais e coletivos. Individualmente, o maior destaque, e foi o último também, foi ass Quinas de Ouro da Federação com a distinção de melhor selecionador de futsal. Mas também teve impacto a nível local, regional e nacional o facto de ter sido nomeado também para melhor selecionador do mundo este ano. Foi também bastante positivo, fiquei em sexto lugar, mas o destaque a nível individual foram as Quinas de Ouro.

EC – Como descreve o sentimento que sentiu ao vencer os Jogos Olímpicos?

LC – Sentimento de alegria e orgulho naquilo que fazemos, que conquistamos para o nosso país. Fomos a primeira modalidade coletiva a conseguir um prémio para o nosso país, ou  seja, uma medalha de ouro neste caso em Jogos Olímpicos. E essa foi nossa. É um sentimento bastante satisfatório, de grande alegria, orgulho, por termos alcançado este troféu, está conquistado.

EC – Qual a sensação que sente antes de entrar nos jogos?

LC – Tranquilidade, estar focado no que temos de fazer, naquilo que está preparado para o jogo e depois estar tranquilo.

EC – Em que momento do jogo se sente mais nervoso?

LC – Os treinadores nunca se podem sentir nervosos, se nós nos sentimos negativos isso passa depois para os nossos atletas e depois faz com que eles não pensem e não executem tão bem. Não podemos deixar passar isso, temos de ser os primeiros a manter-nos tranquilos e serenos para tomarmos as melhores decisões no decorrer do jogo.

EC – Qual a sua relação com a equipa?

LC – É ótima, tem que ser excelente, se não fosse excelente não podia estar à frente ou a liderar seleções nacionais.

EC – O que sente ao ver tanta gente a apoiar o seu trabalho?

LC -  Orgulho naquilo que tenho feito, que tenho conquistado ao longo dos anos. E todos estes sucessos e feitos alcançados devem-se a muita dedicação ao longo destes anos e à paixão que tenho tido pela modalidade. Ter a ambição de querer sempre mais e melhor, tem-me também feito bem. Desde o começo do trabalho tem sido reconhecido por todos e sinto que esse apoio tem sido importante também para me manter ainda mais motivado para conseguir coisas melhores e fazer crescer o futsal.

EC – Acha que poderia fazer um melhor papel como treinador?

LC – Nós queremos sempre mais e melhor. Temos que perceber que todos os dias podemos evoluir e aprender com os melhores e quase nunca sabemos tudo, não há ninguém que saiba tudo.

EC – Acha que no futuro o futsal terá ainda um maior desenvolvimento?

LC – O futsal tem crescido bastante nos últimos anos e vai continuar crescendo diariamente, é a modalidade com mais crescimento. Tem tudo para crescer e ser uma modalidade de topo.

EC – Tenciona desistir de ser treinador?

LC – Para já não está nos meus pensamentos, no futuro nunca se sabe mas dificilmente me vejo sem o futsal.

Com esta entrevista ficamos a conhecer como é a vida do treinador da seleção portuguesa feminina de futsal. A alegria e orgulho são os sentimentos que este treinador sente ao longo do seu trabalho.

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quinta-feira, 4 de junho de 2020

Documentário sobre Educação

Partilhamos com os nossos leitores um documentário interessante sobre educação: La educação prohibida.
Neste documentário aborda-se a questão do que é a educação: a educação existente e a forma como essa educação responde ou não às exigências da sociedade.

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quarta-feira, 3 de junho de 2020

Ser criança é... isto!!!

A turma E do Primeiro Ciclo produziu o seguinte vídeo para assinalar o Dia da Criança e desejou partilhar esta surpresa com todos.
Esperamos que gostem.

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Direitos da Criança

A Direção-Geral de Saúde divulgou este interessante vídeo sobre os Direitos da Criança. 
Os vídeos chama a atenção para uma série de direitos das crianças no âmbito da saúde.
Esperamos que gostem!!!


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Leitura de Os Direitos da Criança

O aluno R. da turma E do Primeiro Ciclo do nosso Agrupamento produziu, com a ajuda da família, este vídeo em que nos oferece a leitura do poema «Os Direitos da Criança» da autoria de Ruth Rocha.

Os Direitos da Criança


Toda a criança no mundo
Deve ser bem protegida
Contra os rigores do tempo
Contra os rigores da vida. 

Criança tem que ter nome
Criança tem que ter lar
Ter saúde e não ter fome
Ter segurança e estudar.

Não é questão de querer
Nem questão de concordar
Os direitos das crianças
Todos têm de respeitar.


Tem direito à atenção
Direito de não ter medos
Direito a livros e a pão
Direito de ter brinquedos.

Mas criança também tem
O direito de sorrir.
Correr na beira do mar,
Ter lápis de colorir…

Ver uma estrela cadente,
Filme que tenha robô,
Ganhar um lindo presente, 
Ouvir histórias do avô.

Descer do escorrega
Fazer bolhinhas de sabão,
Sorvete, se faz calor,
Brincar de adivinhação.

Lamber fundo da panela
Ser tratada com afeição
Ser alegre e tagarela
Poder também dizer não!

                                        Ruth Rocha

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segunda-feira, 1 de junho de 2020

Dia da Criança: o vídeo criado pelos alunos do 3.º Ciclo

Os alunos das turmas do 3.º Ciclo do Agrupamento criaram no âmbito da disciplina de cidadania e desenvolvimento este vídeo para assinalar o Dia da Criança que hoje se assinala.
O ponto de partida foi a leitura da Declaração dos Direitos da Criança, tendo a partir daí cada aluno destacado um princípio que considera muito importante.

 

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Declaração dos Direitos da Criança

A Declaração dos Direitos da Criança foi proclamada pela Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas n.º 1386 (XIV), de 20 de Novembro de 1959


Preâmbulo
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, a sua fé nos direitos fundamentais, na dignidade do homem e no valor da pessoa humana e que resolveram favorecer o progresso social e instaurar melhores condições de vida numa liberdade mais ampla;


Considerando que as Nações Unidas, na Declaração dos Direitos do Homem, proclamaram que todos gozam dos direitos e liberdades nela estabelecidas, sem discriminação alguma, de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou outra, origem nacional ou social, fortuna ou outra situação;

Considerando que a criança, por motivo da sua falta de maturidade física e intelectual, tem necessidade uma protecção e cuidados especiais, nomeadamente de protecção jurídica adequada, tanto antes como depois do nascimento;

Considerando que a necessidade de tal protecção foi proclamada na Declaração de Genebra dos Direitos da Criança de 1924 e reconhecida na Declaração Universal dos Direitos do Homem e nos estatutos de organismos especializados e organizações internacionais preocupadas com o bem-estar das crianças;

Considerando que a Humanidade deve à criança o melhor que tem para dar, 

A Assembleia Geral
Proclama esta Declaração dos Direitos da Criança com vista a uma infância feliz e ao gozo, para bem da criança e da sociedade, dos direitos e liberdades aqui estabelecidos e com vista a chamar a atenção dos pais, enquanto homens e mulheres, das organizações voluntárias, autoridades locais e Governos nacionais, para o reconhecimento dos direitos e para a necessidade de se empenharem na respectiva aplicação através de medidas legislativas ou outras progressivamente tomadas de acordo com os seguintes princípios:


Princípio 1.º
A criança gozará dos direitos enunciados nesta Declaração. Estes direitos serão
reconhecidos a todas as crianças sem discriminação alguma, independentemente de
qualquer consideração de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou outra da
criança, ou da sua família, da sua origem nacional ou social, fortuna, nascimento ou de qualquer outra situação.


Princípio 2.º
A criança gozará de uma protecção especial e beneficiará de oportunidades e serviços dispensados pela lei e outros meios, para que possa desenvolver-se física, intelectual, moral, espiritual e socialmente de forma saudável e normal, assim como em condições de  liberdade e dignidade. Ao promulgar leis com este fim, a consideração fundamental a que se atenderá será o interesse superior da criança.


Princípio 3.º
A criança tem direito desde o nascimento a um nome e a uma nacionalidade.


Princípio 4.º
A criança deve beneficiar da segurança social. Tem direito a crescer e a desenvolver-se com boa saúde; para este fim, deverão proporcionar-se quer à criança quer à sua mãe cuidados especiais, designadamente, tratamento pré e pós-natal. A criança tem direito a uma adequada alimentação, habitação, recreio e cuidados médicos.


Princípio 5.º
A criança mental e fisicamente deficiente ou que sofra de alguma diminuição social, deve beneficiar de tratamento, da educação e dos cuidados especiais requeridos pela sua particular condição.


Princípio 6.º
A criança precisa de amor e compreensão para o pleno e harmonioso desenvolvimento da sua personalidade. Na medida do possível, deverá crescer com os cuidados e sob a responsabilidade dos seus pais e, em qualquer caso, num ambiente de afecto e segurança moral e material; salvo em circunstâncias excepcionais, a criança de tenra idade não deve ser separada da sua mãe. A sociedade e as autoridades públicas têm o dever de cuidar especialmente das crianças sem família e das que careçam de meios de subsistência. Para a manutenção dos filhos de famílias numerosas é conveniente a atribuição de subsídios estatais ou outra assistência.


Princípio 7.º
A criança tem direito à educação, que deve ser gratuita e obrigatória, pelo menos nos
graus elementares. Deve ser-lhe ministrada uma educação que promova a sua cultura e lhe permita, em condições de igualdade de oportunidades, desenvolver as suas  aptidões mentais, o seu sentido de responsabilidade moral e social e tornar-se um membro útil à sociedade.
O interesse superior da criança deve ser o princípio directivo de quem tem a
responsabilidade da sua educação e orientação, responsabilidade essa que cabe, em
primeiro lugar, aos seus pais.
A criança deve ter plena oportunidade para brincar e para se dedicar a actividades
recreativas, que devem ser orientados para os mesmos objectivos da educação; a
sociedade e as autoridades públicas deverão esforçar-se por promover o gozo destes
direitos.


Princípio 8.º
A criança deve, em todas as circunstâncias, ser das primeiras a beneficiar de protecção e socorro.


Princípio 9.º 
A criança deve ser protegida contra todas as formas de abandono, crueldade e exploração, e não deverá ser objecto de qualquer tipo de tráfico. A criança não deverá ser admitida ao emprego antes de uma idade mínima adequada, e em caso algum será permitido que se dedique a uma ocupação ou emprego que possa prejudicar a sua saúde e impedir o seu desenvolvimento físico, mental e moral.


Princípio 10.º
A criança deve ser protegida contra as práticas que possam fomentar a discriminação
racial, religiosa ou de qualquer outra natureza. Deve ser educada num espírito de
compreensão, tolerância, amizade entre os povos, paz e fraternidade universal, e com plena consciência de que deve devotar as suas energias e aptidões ao serviço dos seus semelhantes.

História do Dia da Criança

1 de junho é o Dia da Criança, uma data comemorativa celebrada anualmente em homenagem às crianças.
Em 1925, durante a Conferência Mundial para o Bem-estar da Criança, realizada em Genebra, na Suíça, foi proclamado o Dia Internacional da Criança, sendo celebrado desde então a 1 de junho em vários países.
Por seu turno, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece o dia 20 de novembro como o Dia Mundial da Criança, por ser a data em que foi aprovada a Declaração Universal dos Direitos da Criança, em 1959, assim como a Convenção dos Direitos da Criança, em 1989.
Deste modo, o dia da criança é assinalado em datas diferentes, consoante os países.