quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Histórias sobre alimentação - I

No âmbito da comemoração do Dia Mundial da Alimentação, a aluna Lya C. elaborou no Clube de Leitura a seguinte história:

Naquela madrugada de sábado, Luísa deixou a mãe dormir e foi direto para a cozinha. Já tinha feito uma lista de todas as guloseimas que ia apanhar:
          Uma garrafa de Coca-Cola
          Um pacote de batata Lay’s
          5 barras de chocolate
          5 pacotes de bolacha
          3 pacotes de gomas
          Um pote de gelado de bolacha
Mas, na verdade, ela tinha um plano. Passou o dia todo dentro do quarto e não fez nada. Ela levava em conta o conselho do pai:
— O fim de semana foi feito para descansar!
Mas, lá no fundo, Luísa sabia que não era desse tipo de descanso que o pai se referia. Fingiu que não sabia.
Luísa sabia que a mãe tinha passado o dia todo a trabalhar e que à noite estaria muito cansada. Por isso, adormeceu como um anjo. Então Luísa abriu a Netflix e começou a maratonar séries, totalmente despreocupada, pois a mãe iria trabalhar no dia seguinte.
Assim, não conseguiria ver a bagunça das embalagens no chão. Além disso, Luísa podia acordar à hora que quisesse, pois estava sozinha em casa.
Mas, no meio da madrugada, ela começou a suar frio e a gemer baixo. A mãe ouviu os gemidos e correu para ver o que se passava. E o que ela viu? Adivinhem!
Encontrou uma grande bagunça no quarto. Pôs a mão na testa da filha e percebeu que ela estava muito quente. Seria febre?
— Olha, tu estás a ferver de febre! — falou a mãe com grande admiração e surpresa.
Levaram Luísa para o hospital e... adivinhem de novo? Está bem, eu digo: ela tinha ficado muito doente e ainda ficou de castigo. Quem diria que comer tantos doces podia fazer mal?
— Olha, filha, eu sei que gostas de comer doces, mas a mãe não te deixa não porque quer ser má. É para te proteger — disse a mãe de Luísa.
— Proteger de quê? — perguntou Luísa.
— Quando comes doces assim, como tu gostas, a ponto de pegar escondido, há bichinhos no nosso corpo que também gostam e são atraídos por isso. Depois fazem mal ao corpo. Além disso, contém muito açúcar e gordura. Com os refrigerantes é a mesma coisa. Tudo o que é demais faz mal.
— Eu já ouvi esse ditado. A professora uma vez usou-o — respondeu Luísa.
— A propósito, estás de castigo, senhorita! Se me tivesses pedido doces, eu até te deixaria pegar 1 ou 2 e assim podias comer noutro dia. Mas, a partir de hoje, não comes mais porcarias, com exceção do Halloween e do teu aniversário!
— Ah, não... — disse Luísa.
— Não há “ah, não”! Vai ser assim! — respondeu a mãe.
Vocês imaginam como a história termina? Não foi com um final feliz... mas sim com um final maravilhoso! Luísa ficou em forma e as frutas, vegetais e peixe deram-lhe mais energia para sair do quarto, brincar e fazer exercício físico todos os dias. A mãe também ficou muito feliz porque já podia voltar a trabalhar descansada, pois agora podia confiar em Luísa. Até lhe deu a liberdade de pegar doces quando quisesse — mas Luísa nunca mais tocou no cesto, porque virou uma menina responsável e que dá orgulho à mãe.

Sem comentários:

Enviar um comentário