terça-feira, 23 de outubro de 2018

«Uma aventura no oceano Atlântico»


Eis o texto narrativo escrito pelo aluno A. da turma do quinto ano para o concurso literário «Uma aventura literária ... 2018»:

«Uma aventura no oceano Atlântico»

Num dia frio de inverno o João convidou os amigos para participarem com ele numa expedição que incluía ver animais aquáticos. Os seus amigos concordaram em acompanhá-lo. Reuniram-se todos à porta da casa do João e foram de autocarro até à marina de Vila Real de Santo António. O barco iria partir às dez horas. Quando chegaram entraram no barco mas, repararam que este estava quase vazio. Um dos tripulantes disse:
- Chegaram muito cedo o barco só parte às dez horas e ainda são oito horas e meia.
- Não faz mal, nós esperamos! – respondeu o João entusiasmado.
Às dez horas o barco estava repleto de gente, havia pessoas altas e baixas, gordas e magras, de todo o feitio. Quando o barco partiu eles depararam-se com três homens de meia-idade. Um deles era baixo e gordo, outro era alto e magro e o último (que deveria ser o chefe) era alto e musculado. O Faial não gostou do feitio deles e começou a ladrar. O João tentou controlar o Faial e não conseguiu. O Faial não parava de ladrar. O João teve de o prender a uma viga do barco. O Pedro pediu-lhes desculpa:
- Desculpem! O Faial normalmente não reage assim, deve ser por causa da agitação marítima.
- Está bem, mas que não se volte a repetir. – disse o chefe ameaçadoramente.
As gémeas não gostaram do modo de falar deles e disseram aos rapazes cheias de medo:
- É melhor não nos metermos com aqueles três!
- Não se preocupem, se aqueles três começarem a meter-se connosco eu e o Faial protegemos-vos! – exclamou o Chico corajosamente.
Depois de percorrerem 40km eles viram golfinhos, peixes, tubarões, cavalos-marinhos e baleias. Regressaram a Vila Real de Santo António pelas treze horas, mas durante o caminho de regresso os três homens atacaram o João, o Chico, o Pedro e as gémeas. Eles ficaram inconscientes e o Faial e o Caracol começaram a ladrar. Os três homens olharam para os cães e deram-lhes bocados de carne misturada com calmantes. O Caracol e o Faial comeram a carne e adormeceram. Os homens pegaram neles e levaram-nos para dentro de um pequeno barco e abandonaram-nos no meio do oceano Atlântico.

            Quando eles acordaram repararam que estavam perto de uma ilha e tentaram chegar lá. Ao chegarem à ilha viram uma pequena casa que estava junto a uma árvore. Ela parecia ser habitada. Eles decidiram ir até lá ver se lá vivia alguém. Bateram à porta e um senhor humilde abriu-a e perguntou-lhes:
            - Bom dia! O que fazem aqui?
            - Uns homens que estavam numa expedição marítima raptaram-nos, drogaram-nos e atiraram-nos para dentro de um barco. Quando acordámos vimos que estávamos aqui. – explicou o Pedro.
            - Hum … entrem! Eu acabei fazer umas panquecas a mais! Querem comer? – perguntou o humilde senhor.
            - Sim, pode ser. Obrigado! – respondeu o grupo em coro.
            - Com isto tudo esqueci-me de lhe perguntar o seu nome. – disse o Pedro.
            - Chamo-me Alecrim! – respondeu o humilde senhor.
            - Eu chamo-me Pedro. Aqueles são o João, o Chico, a Teresa, a Luísa, o Faial e o Caracol. – disse o Pedro.
            - Por acaso não tem algum barco que nos possa emprestar, pois não? – perguntou o João.
            - Nós temos de voltar a Vila Real de Santo António. – disse o Chico.
            - Não, mas tenho um motor em bom estado! Podem construir um barco e pôr-lhe o motor.
Todos concordaram e puseram mãos à obra. Duas semanas depois, já com o barco construído e com o motor a funcionar agradeceram ao senhor Alecrim por tudo e partiram. Antes de partir perguntaram-lhe se no verão o poderiam visitar. Ele respondeu que sim.
Quando chegaram a Vila Real de Santo António denunciaram os três homens e foram para casa são e salvos. Nesse verão, tal como tinham prometido, foram visitar o senhor Alecrim. Este não tinha família e passou a ter uma.

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